O guerreiro povo Ashanti
Neste dia 23 de abril relembramos que em 1873 tem inicio a chamada guerra de Ashanti, axanti ou achantê que representava um império que localizava-se em Gana Central, até o Togo e a Costa do Marfim. Hoje é um grupo étnico que mantem um monarquia chamada Axanti como um estado subnacional tradicional constitucionalmente protegido dentro da República de Gana.
Esse é um grupo étnico importante e é um grupo que foi poderoso militarmente e bastante disciplinado, que migraram nas imediações da região noroeste do Rio Níger após a queda do Império de Gana no Século XIII.
Porém a sua luta mais importante foi aquela que esse povo fez contra os neo colonizadores britânicos. E é importante saber sim a origem e a razão o motivo, a ideia dos símbolos sagrados deste povo. Pois é observando a antropologia que podemos entender a causa maior da revolta e da facilidade da rainha Yaa Asantewaa em conseguir lutar.
E a explicação é a seguinte, há evidencias que nas cortes reais dos reis acãs, refletidas também nos reis ashantes, cuja a procissão, as cerimonias mostram hoje um resquícios das antigas cerimônias de Gana.
Etnolinguístas tem comprovado a migração pelo uso das palavras e pelo padrão de fala ao longo da África Ocidental. E foi exatamente no Século XIII que os ashantes e vários outros cãs foram para o cinturão da floresta de Gana atual e estabeleceram pequenos estados na região montanhosas em volta da cidade de Cumasi.
No chamado auge do Império do Mali os ashanti e o povo acã enriqueceram com o comercio de ouro extraído de seu território. Esse ouro foi negociado com Gana e Mali.
Uma Confederação ashanti surgiu graças aos esforços de Osei Tutu numa aliança com todos os vizinhos de forma matrimonial ou pressão diplomática. E de acordo com as tradições orais, o sacerdote Okonfo Anakie teria eito descer do céu um assento de ouro (sikadwa), que pousou no joelho de Osei Tuto. E esse seria p simbolo da Confederação dos Ashanti. O qual se fosse destruido por outros inimigos cairia o reino caso capturado. De acordo com o que dizia Okonfo Anakye.
Portanto a organização política toda era centrada em vários clãs cada qual chefiado por chefe supremo ou Amanhene. Os iocos assentado na sub-região da floresta tropical de Gana estabeleceu em centro de Comasi.
Durante a elevação dos Denquera, ashanti tornaram tributários. E durante a chefia de Ati Akentin por volta de 1600 o clã oioco começou a consolidar-se e os ashanti tornou-se uma Confederação. livre, que ocorreram sem destruir a autoridade suprema de cada clãs. O que eles faziam eram unir todos contra os Denquera.
E nisto dizem que a Confederação dos Ashanti surgiu graças aos esforço de Osei Tutu através das alianças dos povos que fizeram-se de forma diplomática ou por ação matrimonial.
Quando da investida britânica neo colonialista, que tinha também um caráter imperialista dos ingleses , os ashantis tinham no poder a rainha Yaa Asantewa integrante dos ashantes e de Gana. Que ficou sabendo que Sir Frederick Hodgson desejava sentar no símbolo sagrado que era ao trono de ouro e reivindicar a posse do objeto.
Esse assunto deixou todos sentidos e desrespeitados. E com isto Yaa Asatewaa decidiu agir em defesa de seu povo. E ao perceber que os homens estavam apáticos ela convoca as mulheres para lutar em favor do trono de ouro.
E assim as mulheres comandou a luta histórica contra os homens brancos britânicos. Porém numa matéria da BBC consta que foi em 1900 a rainha conseguiu fazer os britânicos desistirem do objeto sagrado e que nunca ousaram tocar nele.
E foi nesta época que sequestraram a filha da rainha e que forçaram ela a se render. E diz que ela se isolou na Seicheles. E o território dos achantis foi anexado pelos britânico e Yaa Asantewa não viveu para ver isto.
O legado dela ainda vive e o trono do ouro continua sendo sagrada símbolo em poder em Gana.
Concluo que essa história é toda estudada, com um grau imenso de crença de busca metafísica estabelecendo símbolos sagrados numa história permeadas de imaginação, como do sacerdote Okonfo Anakie, é óbvio que o grau ideológico realista se perde. E esconde talvez um poder forçosamente construído sobre outros povos ou seres humanos que alicerçaram com seus trabalhos a riqueza e o império mantido. Talvez não com o grau de domínio arquitetado no contexto do capitalismo atual, que criam povos imperialistas que desejam a riqueza da matéria prima, da mão de obra estrutural, que cria produtos e desejam mercados e povos sub julgados que tornam dependentes, cultural, comercial, econômica e financeiramente.
E a luta deste povo quando estabelece uma rainha como Yaa Asantewaa, é uma história que permite ver uma heroína com o povo em luta. E o sentido dela de não submeter a humilhação também é permitido entender a lógica do orgulho daquele importante etnia por outro lado sabemos como foram tão agressivos os ingleses assim como outros povos europeus que foram para a África partilhar territórios sem nenhum respeito aos povos nativos, suas tradições, suas crenças. E muitas vezes a intensão era mudar a cultura e inclusive introduzir outro elemento cultural naquele espaço de conhecimento, para manipular a popular e ter o poder.
Embora esses apontamentos dão esse sentidos observo, de domínio do imperialismo percebo que os nativos ashanti continuam com a sua tradição oral, sua etno língua, com suas procissões e antigas cerimonias de Gana. Portanto esse é um grupo étnico vive subnacional tradicionalmente protegido dentro da República de Gana. São seres humanos portadores de sonhos, desejos de realidade, e que merecem todos os respeitos evidentes as suas culturas e a preservação de suas vidas e integridade etica e moral.
Manoel Messias Pereira
professor de história
São José do Rio Preto- SP. Brasil
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