poesia - A voz da estátua - Manoel Messias Pereira

 



A voz da estátua



Esqueceram
as culturas antigas, distantes
e passaram
a cultuar  herbicidas letais
traçaram planos errantes
e armaram
para que eu falasse 
de modo simplórios e patéticos
sobre ervas daninhas
preferi cultuar malva branca
me banhar com carrapichinho rasteiro,
mas desejava um rigor analítico
em tema nunca antes visitado
e à todo custo desejavam
ter visões finalizadas
duma guerra, que nasce
doutra tessitura
como a luta de classe,
é esqueceram
as cultura antigas e distantes
e passaram a cultuar herbicidas letais
traçaram planos errantes.
E fiquei eu, consciente e de boca fechada
diante do Estado que segue rápido
para o santificado caos.
E meu silencio é sagrado e diabólico
pagão e  sempre comunista
e eu não me sinto representado,
nesta configuração burguesa de democracia
do eterno e imaculado Parlamento.


Manoel Messias Pereira
poeta
São José do Rio Preto- SP. Brasil






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