Artigo - Rosa de Luxemburgo nos seus 150 anos de nascimento - Manoel Messias Pereira

 




Rosa de Luxemburgo nos 150 anos de seu nascimento



Num dia 5 de março de 1871 em Zamosc próximo de Lublin na Polônia, nasce Rosa de Luxemburgo, filha de Eliasz Luxemburgo que er um comerciante de madeira e de dona Line Lowenstein, ela foi a quinta criança e a mais nova da família de judeus polonês, numa região controlada pela Rússia.

Ideologicamente Rosa teve de seu pai uma herança, ideias liberais e de sua mãe fontes religiosas. Uma família que falava polonês e alemão e também aprendeu a falar russo. E que em 1873 mudaram-se para Varsóvia.

Aos 5 anos Rosa desenvolveu um problema no quadril, e precisou ficar amarrada numa cama, o problema agravou e marcou-a para sempre sendo por isso caminhava mancando. 

Aos 13 anos foi para a Escola secundaria, só para menina, o ginásio Zweite Frauengymnasium, era uma instituição que não aceitava polonês e criança judia era mais excepcional. E em 1887 na sua adolescência adere ao partido socialista revolucionário, Proletariat. No ano seguinte emigra para Zurique, quando conhece Plekanov, Vera Zassoulich e Parvus. Esse Parvus que foi um dos primeiros a conceber uma teoria que pensada, se r de Trotsky,   a ser famosa teoria da revolução permanente.

Juntamente com Jogisches e Radek fundou o Partido social democrata internacionalista da Polônia. Em 1897 vai ter a nacionalidade alemã para isso casa -se com Gustav Lubeck, conhece Karl Kautsky, August Bebel, Clara Zetkin. Período em que ela começa  a atacar o revisionismo e trava a primeira polêmica com Lênin a quem ela chama de "Maximiliano Lenine". É o ataque  "robespierrismo", de "Um passo a frente dois passos atrás".

Em 1905 Rosa de Luxemburgo entra para a redação do Vorwat, participa de uma insurreição em 4 de março de 1906. Porém com a nacionalidade alemã consegue a liberdade. E vai para Berlim onde é nomeada para a cadeira de economia do partido social democrata onde substitui Hilferding . Da sua pesquisa surge a teoria e a consequente obra"à Acumulação".

Em 1907 vota junto com Lenin e Martov no Congresso de Stuttgart, uma moção para a favor do esmagamento da classe capitalista. E em 19 de fevereiro de 1915 aca sendo presa com interrupção de  alguns mêses até fevereiro de 1916. Portanto durante a Primeira Guerra portanto na prisão até o fim da guerra. Já em 18 de novembro de 1918 publica o primeiro número de Die  Rote Fahne, o "Bandeira Vermelha que vai dar suporte a Liga Spartaquista

Há informações que Rosa de Luxemburg em família usava o nome de Rozalia Luksenburg, adulta transformou-se na filósofo, economista,  conhecida mais pela sua militância ligado a social democracia da Polônia, e da Alemanha, nos partidos da Social Democracia da Polônia (SDKP, o Partido Social democrata da Alemanha (SPD e o Partido Social Independente da Alemanha -USPD. Porém foi o SPD que apoio a Alemanha na Primeira Guerra, que afastou Rosa e Liebknecht que juntos fundaram a Liga Spartaquista. E em 1 de janeiro de 1919  a Liga vai se transformar-se no KPD, e propor um  Levante da Liga Spartaquista o que Rosa considerou um erro, portanto apoio o levante que Liebknecht iniciou sem consultá-la.

Acredita a revolta foi simplesmente esmagada pelas  Freikorps que era a milícia nacionalista composta por veteranos da 1. Guerra Mundial, que estavam desiludidos com a República de Weimar, mas que também rejeitava igualmente o marxismo e o avanço comunista.

Rosa de Luxenburg Karl Liebknecth, foram capturados juntamente com alguns seguidores e assassinados e seus corpos foram jogados no rio o Londwbrkanal em Berlim. Essas mortes que fizeram surgir uma onda de violência.

Rosa de Luxemburgo com seus textos teóricos do spartakismo, pensado em profundidade, escritos quase que incisivo e remente, rosa passou a ser símbolo do marxismo libertário e humanista e assassinada em 15 de janeiro de 1919.

Sabemos que ela teve  um conjunto de 230 cartas em que ela assinava como Irene Gammel e que deu origem ao livro "The Globe and Mail", onde estão abertas suas credenciais politicas, teóricas e socialista e há quem culpa Joseph Stalin  de ter causado um constrangimento a reputação de Rosa em relação a chamada teoria da revolução permanente. Porém eu digo que na vida estamos com um rio perene, que as vezes seca, as vezes continua correndo par o mar. somos seres portadores de atos falhos, defeitos e virtudes.

O que li e tenho como referência, foi o caderno Ulmeiro n.2 de Rosa de Luxemburgo chamado A Revolução Russa, de 1918 impresso em 1975, em que destaco o fragmento sobre essa revolução "Depois da primeira vitória da Revolução, iniciava-se no seio um luta interna em torno de dois pontos chave: A paz e questão agrária" Evidente todo o ser humano precisa de ter paz para a vida, para amar, crescer, ter terra para plantar criar esperanças.

 Já falando em cartas li algumas cartas dela enviadas para Sonia Liebknecht. Na metade de 1917 ela escreve para a Soninha em que ela diz "Desejo alegrias reais e sensíveis. Gostaria somente de comunicar-lhe também a minha inesgotável alegria interior, para que ficasse tranquila a seu respeito, e para que você pudesse atravessar a vida envolta num manto bordado de estrelas, que as protegesse contra tudo o que existe de mesquinho, de banal, de angustiante na existência,... e no final termina, "escreva-me depressa. Um beijo para você, Sonitschka" Sua Rosa.

Creio que há um certo carinho, há um pouco de ternura. Talvez um doce  Amor de uma revolucionária. Encerro-me aqui com essas expressões.


Manoel Messias Pereira

professor de história

poeta e cronista - São José do Rio Preto- SP. -Brasil

 


 

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