Artigo - Os conceitos errados da Escola quando tratava das Classes Sociais - Manoel Messias Pereira

 



Os conceitos errados da Escola quando tratava das Classes Sociais





O ensino que me deram na escola, quando tratavam de classes sociais, eu guardei, para sempre e nem sempre concordo com a forma, o jeito em que escrevia e que desejavam que eu entendessem. Mas é importante rememorar e fazer os comentários sobre os pontos de vista, que óbvio passei a entender. E isso foi que encontrei nas velhas lições do quotidiano da escola do Brasil, num  período ditatorial, diga-se de passagem.

As Classes Populares

Primeiro os professores vinha falar de classes populares, e diziam que eram os contingentes de população rural, que foram emigrando para os grandes centros urbanos originários de variados níveis sócio econômicos. E dizia não se tratava especificamente dos que ocupavam posições inferiores na escala social, em suas áreas de origem, embora estes constituam, de fato, a maioria, que vai formar, nos grandes centros, a classe do baixo operariado urbano.

E que essas classes transpões das relações comunitárias do interior para as relações societárias dos grandes centros. Como raramente estão preparados para a nova situação, por serem, quase sempre, analfabetos, ou semi-analfabetos, e constituírem mão de obra não qualificada, não tem condições de romper, com êxito, as condições competitivas da vida societária. serão os peões na frente de trabalho, trabalhadores braçais, ou ocupar-se-ão de atividades eventuais. Permanecem rústicos  em seus comportamentos básicos, e mantem alguns valores tradicionais, e muitas vezes assumem atitudes ambíguas. São em geral católicos , mas facilmente atraídos para a igreja reformada e para diversas formas de espiritismo e religiões similares.

E dizia que viviam em casa alugadas, barracãos, vilas e favelas. Alguns bem sucedidos compravam seus terrenos na periferia em suas moradias tinham radio radiolas, geladeira e até televisão.

Os operários qualificados tinham um oficio ou profissão, e os semi-qualificados estão em situação melhor que a camada anterior, são geralmente registrados em empresas, tem empregos fixos e diferem poucos em seus hábitos e costumes, mas tem possibilidade de adquirir bens de consumo. Já o operariado rural trabalhadores das fazendas, das usinas de cana de açúçar, distingue-se por seu turno. do campesinato rural, que vive ainda , nas condições tradicionais, do posseiro, do meeiro ou jornaleiro de épocas passadas.

A Classe Média

Depois falavam da Classe Média assim, a tradicional era formado por funcionários públicos, profissão liberais, clérigos, oficiais militares , proprietários e comerciantes médios e pequenos e intermediários que são indivíduos que vivem de pequenas renda.

E dizem que essa classe é ocupantes de cargos bem remunerados nas empresa industriais comerciais e de serviços. Goza de benefício do progresso tecnológico, a maioria tem carros telefone, casa modesta, roupas boas e de qualidade, participação em clubes sociais, viagens de férias. Frequentam teatros e outras diversões. Tem o ensino fundamental médio e ate superior. O que eles chamavam de primeiro grau, segundo grau e superior.

É a classe média que preocupa-se com a alimentação, tanto pela qualidade como pela variedade. a dona de classe desta classe tem uma ou duas empregadas domésticas e tem um grau de preferencia pelos alimentos semi preparados e adquiridos em super-merdados, que multiplicam substituindo as vendas do passado e os armazens predominantes deposi da segunda Guerra.

Os mais jovens deste grupo estão preocupados com os comportamentos  não muito próprio do nosso país, como o movimento de uventude, surgidos em outros países difundidos pelos meios de comunicação de massa . Além de roupas, cabelos, barbas, e maniers de proceder. São desligados e tem gostos pelas danças. ao contrario da geração das serestas. Essa classe é totalmente conservadora ainda que haja essas mudanças.

A classe Superior

E por fim eles mostram a classe superior, e dizia que há dois segmentos desta classe, a chamada superior tradicional que é de base agraria e que manteve por muito tempo a estabilidade com direitos e privilégios assegurados e com a estrutura  econômica do país surgiu uma nova classe superior que tens orientado segundos objetivos diferente da primeira.

E fala que eram seres oriundos da classe média que tem ascendido até as mais altas posições. E outras grandes fortunas provem da indústria. E trazem por fim que entre esses dois grupos a choques ideológicos.

Eram assim que nos anos 60 e princípios de setenta os professores ensinavam. eram assim que um grupo de pessoas acreditavam que aprendiam. Era assim com essas formas que alguns retomam com saudade dos tempos ditatoriais deste Brasil, que teve escravidão, violência, tortura, ditadura, estupros, terrorismo de Estado. Credo esse país que precisa realmente ter um novo ensino um novo caminho, diferente de tudo que já vi neste 65 anos de vida.

A minha discordância conclusiva

Primeiro a sociedade que conheço, precisa ser alicerçada na sua forma de trabalho. Pois o trabalhar para mim é transformar a natureza e também se transformar, com a ação humana. O que dizem ser trabalho é algo que não traz nenhuma satisfação, não há prazer. E as formas como o ser humano sempre trabalhou orienta-nos a nossa forma de classificar, ou seja um trabalho coletivo, escravizado, feudal, capitalista e socializado. 

Referente a classe social existe uma mistura que os autores faziam e até mesmo os professores, com referencia as categorias profissionais e classe. Embora recordo que fiquei no ensino fundamental pelo menos um ano sem professor de história e sim veio Estudos Sociais. E depois tive o OSPB-Organização Social e Política do Brasil. E superar essa deficiência do ensino de conceito de contexto para muitos é difícil.

Quando os tais  intelectuais brasileiros de mentira, compradores de títulos e diplomas escreviam sobre classe inferior ou popular, classe média e superior é duma grosseria sem tamanho. Só existe duas o explorador e do explorado. E existe no Brasil desde sempre atuando um conjunto ideológico provindo da Europa. E esse conjunto que veio de fontes, veio na escoria do sistema capitalista. Basta lembrar que o sistema feudal entra em decadência com o renascimento do comércio e das cidades. E que o comercio só expande-se devido ao sistema Mercantilista. 

E por meio deste instrumento que é o mercantilismo, tínhamos na Europa o poder absoluto dos reis, e o processo das grandes viagens. Na qual os reis colocavam em pratica a possibilidade da expansão comercial, e os comerciantes custeavam o poder absoluto dos reis e assim como o seu exército. Um poder que não era contestado pois tinham o trabalho ideológico em que sustentavam o poder Divino dos reis e o Contrato Social. E vários eram os autores que davam essa sustentação ideológicas, como Hugo de Grotius, Jean Bodim, Jacques Boussuett entre outros pensadores.

E o Brasil na rota destes viajantes é fruto deste sistema de colonização, da tomada de posse, outtos alam em descobertas. E aqui era um local em que viviam indígenas. E são seres humanos que usam o trabalho coletivo e não há categorias ou classes sociais, há apenas certas posições dentro de seus grupos de convivências, como o cacique, o pajé são conceitos totalmente diferentes do que o conceito europeus. Existem a teogonia. As crenças e seus medos como algo natural do ser humano. E quem vai estudar isso é a antropologia.

Outro elemento de nossa formação, foi o ser humano provindo do continente africano. Os seres que vieram para cá de maneira forçada, amarrados em cascos de navios conhecidos como navios negreiros. Esses seres vieram em condições sub-humanas, foram usados como seres sem alma. Escravizados e sofreram todas as formas de violência. As mulheres foram estupradas. Por aqueles que se diziam seus donos. Seus filhos também eram estuprados. Os homens foram marcados a ferro quentes e essa relação social foi de plena exclusão à atos de humanidade de amor ao próximo e tudo mais que esses livros ditos sagrados escrevem que os senhores leem mas tem dificuldades de aplicar. São falsas essas relações e não me venham falar em qualificação ou desqualificação na época do processo escravocrata o qualificado no trato com as pedras preciosas eram os negros escravizados. Na época da cana de açúcar também aquele que sabia dá o ponto no melado, que tinham todas as técnicas foram dos escravizados. Mas o que havia eram os donos dos seres humanos, donos das terras, donos disto e daquilo, não foi discutido com o Banco de Deus e tenho certeza que Deus nem tinha cartório e nem procuração pra essa tal palhaçada. E se tivesse não seria Deus. 

Caros homens  tomem um pouco de vergonha de respeito próprio sentimentos humanista e deixem de serem canalhas  intelectuais de mentiras formadores falsos de um academicismo tacanho e desproporcional a quem deveria ser refinado educado cultural e intelectualmente. Mas não são e escreve tolices. E a mudança cultural provinda dos países desenvolvidos precisa ocorrer pois essa mudança vem com os produtos advindo da indústria destes países. Portanto além de não desenvolver intelectualmente temos que conviver com a mentalidade e o mal academicismo provindo de outros países. E assim vejo um destempero no país que nascemos.

Em relação a fala da classe media também é a mesma coisa temos explorados e exploradores. Aqueles que comandam que manda e obedece a rito intelectual provindo de outros países sim. Até porque aqui foi e é um local de colonização, neo colonização e imperialismo sócio politico econômico. E quem veio de fora para cá tinha apenas os olhos nas matérias primas e sempre foi assim, Nos seres humanos indígenas e e negros que foram usados, para o trabalho pesado. E sem nenhuma remuneração. Ou seja quando um ser escraviza o outro ser  humano, ou tem a ideia de que aquele ser deve ficar sujeito a tortura a tratamento degradante e cruel. e ainda precisa colocar isto num documento liberal como a Carta da Declaração Universal, que diga-se de passagem não é como dizem a direita extremada que isto é um documento comunista ou coisa de esquerda e sim do sistema liberal. Pois teve inicio na Revolução Francesa e com as ideias liberais de Voltaire, de Montesquieu de François Rousseau. Portanto do iluminismo, da ilustração, propagados nas Lojas Maçônicas. Na discussão de que Deus é dinheiro,  mas espirito para os iguais desiguais. 

Agora aos jornalistas que fugiram da escola por gentileza pegue alguns livros destes autores e verás que são iluministas. Depois tenha o respeito e não use o microfone e a televisão assim como o jornal para emitir opiniões desencontradas e fora do rigor cientifico social.

Por isso discordo completamente do ensino pregado, por esses escritores, professores que faltaram a lição de respeito intelectual. Fugiram dos livros, fugiram das analises conjunturais ou se ouviram não entenderam por falta de requisito educacional. Por isso é preciso repensar muito antes de falar bobagens. Ou melhor fake news, bobagens estupidez já tem um doutor no cargo Executivo do Brasil para isto. Portando dá-me licença, chega de (vô)mito.


Manoel Messias Pereira

professor, cronista

São José do Rio Preto -SP.





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